segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Inglês pode ser rápido e barato.

O ensino de inglês no Brasil (e porventura em outros países) sofre de vários inconvenientes. Entre eles está os alto custo dos cursos de línguas, principalmente de inglês. O aluno se vê pagando somas próximas às de uma faculdade apenas para aprender a se comunicar numa língua! Um outro inconveniente ligado ao anterior é o tempo que duram os cursos. Algumas escolas chegam a ter cursos de 4 anos. Soube, por uma conhecida minha, que uma certa escola (não vou mencionar o nome aqui) completa o curso em 7 anos! Isso é um verdadeiro abuso e exploração econômica dos estudantes e um menosprezo pelas qualidades de inteligência destes. Pois não é necessário mais do que 1 ano e, frequentemente, muito menos, para se aprender uma segunda língua. O método Michel Thomas, por exemplo, chega a ensinar qualquer língua em apenas 8 semanas. A contra-indicação, contudo, é que o vocabulário assimilado no referido curso é muito pequeno. A metodologia, no entanto, é louvável e eficaz. O que fica faltando é um aprofundamento ainda maior nas complexidades sintáticas da língua e investimento num vocabulário bem maior e nas expressões coloquiais e phrasal verbs. Isso exige um tempo maior. Mas jamais anos de estudo cansativo e memorização mecânica de listas de números, cores, nomes de frutas, conjugação verbal ensinada em diagramas exigindo uma enorme "decoreba" e ocupando o cérebro com atividades exaustivas, anti-naturais e que atrasam o aprendizado.
Eu tenho estudado várias línguas. A maioria eu acabei não concluindo mas tenho um bom conhecimento de muitas delas. Também tenho estudado livros teóricos sobre ensino de línguas assim como cursos de línguas mesmo. Uma das coisas que aprendi sobre estudar e aprender línguas é que o uso da fala vem em primeiro lugar, juntamente com "input", ou seja, exposição maciça a áudios com nativos falando a língua-alvo. Descobri que para se aprender uma língua rapidamente e com eficácia, a gramática não deve ser ensinada tecnicamente, mas assimilada por exemplos nas próprias frases e sentenças. O diálogo estudante-professor é essencial. O professor serve como um Google humano. Muitas das dúvidas que um estudante auto-didata teria e que o levaria a consultar o Google, Bing ou Yahoo e artigos na Wikipedia o que poderia demandar coisa de 20 minutos ou mais, isso quando a resposta encontrada e SE encontrada, for considerada pelo estudante como confiável e satisfatória, esse mesmo estudante pode tirar essa dúvida em apenas 15 segundos com um professor servindo como guia e consultor. Um exemplo: suponha que o aluno queira saber se ele deve de preferência usar "in the car" no lugar de "on the car" como se usa em "on the bus", "on the train", "on a plane". Uma consulta ao Google pode dar a frequencia em que o uso de "in" e "on" vai aparecer, mas muitas das fontes que aparecem nas consultas ao Google não são confiáveis, todo tipo de pessoa publica e escreve na Internet. E há casos em que pode ser que "on the car" seja o correto. Não confiando apenas no Google, o aluno pode ir a um livro baixado ou a um site de gramática para ver se encontra a resposta à sua dúvida. Mas máquinas não pensam. Não podem entender as sutilizeas de uma pergunta feita por um ser humano. Ele pode passar um dia inteiro ou uma semana para tirar essa dúvida. Uma simples consulta a um professor particular, "Professor, Se é "on the bus, on the train e on the plane", também é mais comum se usar "on the car"? E ele obterá a resposta: "No caso de 'car', o mais comum, o mais usado é 'IN the car'. Isso porque o carro é pequeno, a ideia de estar DENTRO (Inside) dele é mais visualisável mentalmente e o uso está consagrado."
A resposta do professor durou exatamente 12 segundos. Eu cronometrei. Assunto encerrado. Estudar sozinho usando a Internet e sua infinidade de recursos é ótimo, mas nada se iguala a ter uma pessoa que conhece a língua muito bem ao seu lado para lhe dar as respostas instantaneamente.
Eu aprendi que qualquer pessoa acima de 12 anos, no que diz respeito a aprender línguas, é como uma adulto. Não acredite nesse negócio de se ensinar inglês como se se estivesse ensinado a uma criança. Só crianças de verdade devem estudar como se fossem crianças. Porque são. Adolescentes e adultos possuem várias vantagens sobre crianças ao aprender línguas: possuem um amplo vocabulário, já conhecem a gramática de sua própria língua e a terminologia e podem participar ativamente do aprendizado contribuindo com perguntas sofisticadas e relevantes.
A melhor metodologia que eu conheço, que possui muitas variações, é começar ensinando frases curtas e simples introduzindo os primeiros substantivos e verbos básicos e pronomes pessoais e demonstrativos como: This is a couch [Isto é um sofá]. That is an armchair[Aquilo é uma poltrona]. Aqui já introduzimos a primeira forma do verbo To Be (ser, estar), dois pronomes demonstrativos (this, that), dois substantivos(couch, armchair) e um artigo indefinido (a). A aula prossegue por outros 55 a 60 minutos com o aluno se familiarizando com o emprego de formas de mostrar e apontar para coisas e dizer-lhes os nomes. Sua participação é ativa, ele repete, as posições entre o professor e o aluno se invertem e o professor cuida para que o aluno se familiarize com a pronúncia e com a intonação. Numa segunda aula, já são introduzidos novos substantivos, o verbo To Have, por exemplo, os possessivos my e your e já podemos contruir frases como "This is my book." e "That is your cell phone." Se "this is my book" [este é meu livro], isto significa que eu TENHO um livro [I have a book]. Logo o aluno já está usando o verbo (altamente frequente na língua inglesa), to have (ter, possuir). Das duas pessoas do singular, I e You, nós vamos logo na próxima aula para he, she e it (ele, ela e it[pronome neutro para objetos]). Isso já vai introduzir o aluno para o emprego do "s" na conjugação dos verbos em que as pessoas são he, she e it. I have...you have...mas...he HAS. He has a book. She has a notebook. She has a cell phone. This is HER cell phone.
Muito rápido? No way. De jeito nenhum. Desta maneira não se deixam "gaps", espaços vazios entre uma aula e outra porque todas se ligam organicamente de maneira progressiva aumentando gradualmente e confortavelmente a complexidade.


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No próximo post vou apresentar uma aula simulada exemplificando o que escrevi acima.
Você verá que é possível aprender em poucas aulas por semana, umas 10 a 15 aulas por mês, o que muitas escolas consagradas obrigam o aluno a passar 6 meses explicando de maneira cansativa e...acima de tudo, cara. Sim, é possível aprender inglês com aulas particulares e online a preços baixos e com grande recompensa em termos de aprendizado e fluência.